Aposentado
– Senta-te
lá aí sossegado. Que raios!
– Desculpa
– murmuro olhando os cacos da chávena que as minhas mãos não conseguiram
segurar e entristeço-me ao perceber que os canso. Sou lento a chegar ao fim da
rua, mas os meus passos às vezes ganham vontade própria. Lamento, se faço as
mesmas perguntas vezes sem conta, mas a minha memória nem sempre as retém. Sei
que não tenho a energia de outros tempos, mas perdoem-se se recuso aposentar-me
da vida.
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