domingo, 10 de novembro de 2013


Que golpe!


O golpe deixou-a sem ar, tonta. Depois massajou o polegar.

Era um daqueles momentos em que coas os pensamentos, procurando encontrar a saída do caos, mas as únicas ideias que tens são ocas de sentido.

Duas suaves batidas na porta apressaram-na. «Que saco!», pensou. Sentia asco até da velha soca que espreitava debaixo da cama.

Não falaram muito durante o trajecto para o hospital, onde o médico, desinteressado, empurrou o caso para o enfermeiro:

– Quero que cosa!

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