Sem ar
Sem ar o rapaz parou.
Parou
para, silencioso, retirar a pistola do bolso.
O bolso onde a mão tremia, e o suor tornava o
punho escorregadio.
Escorregadio como o caminho que escolhera e por onde se perdera.
Perdera bens, esperança e não havia quem lhe estendesse a mão.
Mão que
determinada agarrava a pistola pronta a pôr termo a tudo.
Tudo
parecia perdido até se ver refletido nas águas do rio, então sem ar o rapaz parou.
Quita Miguel
Desafio nº 63 – fim de cada frase é igual ao início da próxima…