Médico à força
–
Perdão! Mas há muita gente…
O olhar do pai fê-lo estremecer e interromper a frase. Sabia que seria uma solução
errada procurar impor a sua opinião, ainda que fosse a certa e que se tratasse
do seu futuro, da sua realização ou frustração.
Queria
gritar «Não! Sou eu que decido!», mas girava-lhe a cabeça, ao mesmo tempo que o
coração disparava por medo de se ver enredado na profissão que não queria.
Não podia
falhar no mais importante, mas a cobardia silenciava-o.
Nascera
numa família de médicos, e essa condição ameaça escravizá-lo, logo a ele que
nem podia ver sangue.
Quita Miguel
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