sexta-feira, 3 de março de 2017

Bandidos sem pejo

Zé Júlio cruzou a rua com o coração mais acelerado do que o passo. Falava consigo próprio à medida que avançava pelo passeio:

«Escancarado? O que sucedeu? Roubo! Só pode ser um roubo!»
O suor invadia-o e não era pelo calor do dia, era pela impossibilidade de se defender.
Da mercearia pouco ficara para além das paredes e do balcão.
– Bandidos sem pejo! Exploradores do labor diário. Se eu vos agarro, desfaço-vos. Podem crer que vos desfaço!

Quita Miguel

Desafio nº 116 – Zé Júlio sem T nem H

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