SIGO
No velório, oculto a solidão, por uma atrapalhação bárbara, impossível de partilhar.
Saio de lamparina na mão, achando-me mística, procurando entender a hesitação do dedo do assassino, que me poupara do crime que terminara com a vida do meu pai.
Espicaço-me para não me sentir uma grande falida, perante o primeiro dos meus quatro filhos, cuja zanga afasta: vê-me rival, uma nota ridícula, uma ursa camuflada de Jaguar.
Uma mosca varejeira poisa no xaile e eu sigo.
Quita Miguel
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